O adeus ao publicitário Petrônio Corrêa, ex-sócio-fundador da MPM

Aos 84 anos, o publicitário Petrônio Corrêa morreu neste domingo, em São Paulo. Ele foi levado para o Hospital Oswaldo Cruz pela manhã após sentir uma forte dor no peito. Segundo o filho, Petrônio Filho, Corrêa sofreu uma queda há dois meses, quebrou uma costela e teve algumas complicações. O estado de saúde de seu pai estava sob controle, mas teve uma parada cardíaca e morreu por volta do meio-dia. Ele iria comemorar seus 85 anos em 28 de dezembro.

Corrêa foi um dos sócios-fundadores da MPM Propaganda, que nos anos 1970 e 1980 ocupou a posição de maior agência de publicidade do Brasil. Ela foi fundada em 21 de junho de 1957, em Porto Alegre. Incluindo a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, o publicitário chegou a ter ao mesmo tempo na carteira de clientes da agência oito bancos _ boa parte estatais.

_ É estranho pensar que três publicitários gaúchos (Luiz Macedo, Petrônio Correa e Antonio Mafuz) fundaram uma agência que, anos depois, seria essa potência _ comentou Petrônio Corrêa, em entrevista à Zero Hora em agosto de 2003.
Gaúcho de São Sepé, mudou-se para São Paulo em 1966. Presidiu a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), entre 1979 e 1981, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), de 1981 a 1988, e atuava no Conselho Executivo das Normas-Padrão da Atividade Publicitária (Cenp) desde 1998. Em agosto deste ano, desligou-se do Cenp.

O publicitário promoveu importantes iniciativas pela valorização da categoria no país e pela liberdade de anunciar. Sua trajetória foi contada pela jornalista Regina Augusto, no livro No Centro do Poder, em que importantes capítulos de sua história são contados, como na venda da MPM para a Lintas, em 1991, diante de um período de dificuldades para a agência.

O velório ocorre nesta segunda-feira no Cemitério Getsemani, em São Paulo, a partir das 7h. O sepultamento será realizado às 17h.